There's only room for one Boss. And one Snake |
Não é novidade para ninguém, que Metal Gear Solid iniciou uma era de jogos de acção furtiva. Foi em 1999 que Snake se estreou pela primeira vez em 3D e catapultou a série Metal Gear Solid para as luzes da ribalta. Kojima, o produtor e o criador da série, foi automaticamente considerado um génio, ao transpor o que há de melhor em Hollywood, fornecendo assim, uma experiência cinematográfica e, ao mesmo tempo, uma lição para a industria dos videojogos.
Metal Gear Solid foi ficando cada vez melhor à medida que iam sendo lançadas “continuações”, compostas por prequelas e sequelas. Foi em Metal Gear Solid 3: Snake Eatere Metal Gear Solid: Portable Ops que Kojima nos deu a conhecer a história de Naked Snakee de Boss, entre outras personagens míticas.
Kojima surpreendeu tudo e todos na E3 2009 ao anunciar uma verdadeira sequela do Metal Gear Solid 3: Snake Eater mas, desta vez, para a PSP. Metal Gear Solid: Peace Walker é o nome dado ao jogo que continua a história de Big Boss e que, segundo Kojima, iria revolucionar os jogos da PSP.
Nome: Metal Gear Solid: Peace Walker Plataforma: PSP Produtora: Konami Distribuídora: Ecofilmes Data de Lançamento: 18/06/2010 PVP Recomendado: 39.90€ HDD: 320 MB/880 MB |
Antes de começarem, fica aqui o aviso que Metal Gear Solid: Peace Walker tem instalação obrigatória. Temos de escolher se queremos instalar o small package que ocupa 320 MB ou ofull package que ocupa 880 MB. Para além da óbvia redução dos tempos de carregamento, esta instalação permite que exista som nos diálogos feitos por rádio.
A excelente apresentação de Metal Gear Solid: Peace Walker começa logo nas cenas cinemáticas que têm um estilo muito próprio. Estas cenas são apresentadas de uma maneira interactiva e num estilo cartoon, desenhado à mão, como acontecia em Metal Gear Solid: Portable Ops. Porém, estas cenas vão mais além do que apenas contar a história. Nelas iremos encontrar interactividade onde poderemos fazer zoom in e zoom out em determinadas personagens ou zonas do cenário, de modo a apreciar os pormenores que os rodeiam. No entanto, Metal Gear Solid: Peace Walker traz com ele os quick time events onde, como já é habitual neste tipo de acção, teremos de pressionar um certo botão numa determinada altura.
O CQC (Close Quarters Combat), presente em jogos anteriores, está de volta e com novidades, como o facto de podermos atacar vários inimigos ao mesmo tempo, o que é bastante útil quando somos detectados e nos encontramos rodeados por vários inimigos. Apesar de não podermos arrastar e esconder os corpos dos soldados inimigos, todas as outras acções como sufocar ou fazer hold up são possíveis em Metal Gear Solid: Peace Walker.
Os soldados que vão chegando à Offshore Plant possuem vários parâmetros/habilidades. A nossa base é constituída por vários departamentos onde serão incluídos estes soldados que são recrutados no terreno. Temos vários departamentos mas os que se destacam são: Staff, R&D(Research & Development), Metal Gear e Versus Ops.
Staff – Aqui será onde destacaremos o nosso pessoal pelos diversos departamentos existentes na nossa base. Os departamentos são: Combat Unit, R&D Team, Mess Hall Team, Medical Team, Intel Team, Sickbay e Brig.
- Combat Unit – É para onde vão os recrutas com melhores aptidões militares.
- R&D Team – Sítio onde colocamos os soldados com melhores capacidades para o desenvolvimento de armas e itens.
- Mess Hall Team – Todos os soldados precisam de comer, certo? É neste departamento que pomos todos aqueles que têm uma especial habilidade na cozinha.
- Medical Team – Como qualquer local, a nossa base também precisa de staff médico.
- Intel Team – Alguns soldados que capturamos conhecem bem uma determinada região e nada melhor que os colocar a trabalhar nos serviços de inteligência.
- SickBay – Como acontece na vida real, as pessoas ficam doentes ou feridas em combate. Sickbay será o local para onde elas são deslocadas automaticamente cabendo ao nosso staff médico cuidar destas.
- Brig - Nem todos os soldados estão dispostos a juntar-se a nós, sendo necessário que eles sejam convencidos a tal.
R&D (Research & Development) – Ao contrário de jogos como Metal Gear Solid 3: Snake Eater ou Metal Gear Solid 4: Guns of the Patriots em que encontramos e apanhamos/compramos armas novas, em Metal Gear Solid: Peace Walker dependemos da nossa equipa investigação de armamento e não só, para termos acesso a novo equipamento. Porém, armas e itens custam dinheiro para serem desenvolvidas, por isso, quantos mais soldados tiverem na Combat Unit mais dinheiro (GMP) entra para a nossa organização.
Metal Gear – Aqui, é uma das partes mais interessantes deste Metal Gear Solid: Peace Walker,visto podermos construir o nosso próprio Metal Gear através de peças que adquirimos através de determinados bosses.
Versus Ops – O nome diz tudo. Por outras palavras, é onde nos preparamos para entrar online para combates até 6 pessoas. Podemos escolher se queremos ser o host da partida ou então procurar, através da ligação Wi-Fi, jogos que estejam a decorrer algures no mundo.
É na campanha que Metal Gear Solid: Peace Walker brilha em todo o seu esplendor. A mecânica não é muito diferente de outros Metal Gear e o jogador terá de seguir o rumo do enredo. Durante várias missões podemos encontrar POW e blueprints (esquemas de novas armas/itens para o nosso departamento R&D desenvolver), assim como, os habituais bossesque nos tentam transformar em picadinho, enquanto fazemos de tudo para não sermos detectados ao longo de quase 16/17 horas (apenas) de campanha.
Antes de começarmos qualquer missão somos levados para um menú de debriefing, onde saberemos os detalhes e iremos escolher o equipamento, assim como, a camuflagem que achamos adequada para a missão. Estas escolhas têm de ser ponderadas pois não é possível trocar de camuflagem em plena missão como acontecia em Metal Gear Solid 3: Snake Eater. No final de cada missão, somos presenteados com um relatório da nossa performance, onde somos avaliados consoante a nossa prestação, e também as recentes novidades da nossa base de operações.
Outra particularidade destas missões é o facto de poderem ser jogadas em co-op até 4 jogadores. Esta experiência dá, sem dúvida, um novo alento à serieMetal Gear Solid e torna a experiência muito mais gratificante. Para além de facilitar as missões, nomeadamente em lutas de bosses, em co-op podemos usar itens especiais como é o caso da love box onde a utilização da mesma é feita por duas pessoas, algo inédito nesta série.
Gráfica e sonoramente, Metal Gear Solid: Peace Walker é uma obra prima, com o nível de qualidade a que o Kojima já nos habituou. Metal Gear Solid: Peace Walker é, definitivamente, um jogo que puxa pelas capacidades da PSP e para provar isso, a Kojima Productions mostra-nos um jogo com visuais e músicas que nos põem no espírito ideal e nos fazem querer jogar mais e mais.
O elenco de vozes foi muito bem escolhido e podem contar com o regresso de David Hayter e outros ( que não vou revelar porque são spoilers) conhecidos da série. Os sons ambiente também estão muito bons e realistas, como o disparar das diferentes armas.
Kojima, já nos habituou a excelentes composições sonoras e este Metal Gear Solid: Peace Walker não foge à regra. Com a produção de grande parte das músicas a cargo do Akihiro Honda, Metal Gear Solid: Peace Walker apresenta-nos belos temas sonoros. Contudo, se querem mesmo desfrutar do som de Metal Gear Solid: Peace Walker terão de usarheadphones.
Kojima e a Kojima Productions provaram que é possível produzir excelentes jogos para a portátil da Sony.
Fonte: MyGames